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CloseA CILADANesta obra, interessante e salutar, consagrada às relações entre Heidegger e o nazismo, Jean-Pierre Faye evita a cilada na qual caíram a maior parte dos comentadores que se debruçaram sobre o mesmo sujeito. Sem se perder nos detalhes bibliográficos, Jean-Pierre Faye repele esta tentação de facilidade, para atacar o coração do enigma: o pensamento daquele que foi, sem contestação, um dos maiores filósofos do século XX. O autor aborda de uma maneira nova a questão das relações entre Heidegger e o nazismo e, de forma muito particular, a questão da sua filosofia. Para tanto, segue a evolução das posições defendidas, as reviravoltas e as desqualificações filosóficas operadas, articulando-as com os acontecimentos, em particular na questão da rivalidade com Krieck; dá-nos os textos e justapõe-nos com os de Krieck assim como com os de outros autores, tirados da imprensa ou da literatura nazi, consagrada à filosofia de Heidegger ou dando interpretações paralelas da história, da filosofia, da missão alemã, da preponderância da origem... O autor mostra o papel dado a toda a história da filosofia sob o termo de metafísica, desvalorizado no momento adequado na identificação do niilismo e indica o laço estabelecido pelos pensadores do nazismo e ratificado por ele entre niilismo e judaísmo. O autor centra a sua demonstração sobre o facto de que a intervenção de Heidegger se produz no seio do nacional-socialismo e interpreta, em função desta história de um pensamento filosófico no seio de um período totalitário, os silêncios e os eufemismos do pós-guerra.Preço: 11,30 €Tamanho:
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CloseA FILOSOFIA DE PAUL RICOEURPaul Ricoeur é considerado, mundialmente, como um dos maiores fenomenologistas contemporâneos. Com o seu precioso trabalho, Paul Ricoeur ajudou a fazer do termo hermenêutica um dos mais acessíveis ao pensamento. A sua obra cobre um vasto leque de temas: história da filosofia, crítica literária, estética e metafísica, ética, religião, semiótica, estruturalismo linguístico, ciências humanísticas, psicanálise, culpa e mal, conflitos de interpretação, etc. Em A Filosofia de Paul Ricoeur, obra de diálogo entre os seus vários críticos e o próprio autor, todo o trabalho de Paul Ricoeur é abordado por forma a mostrar aos leitores, com leves frescos, o desenvolvimento e o clima intelectual do nosso tempo.Preço: 15,07 €Tamanho:
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CloseVERDADE E LIBERDADE EM MARTIN HEIDEGGERVerdade e liberdade são dois temas que se encontram no centro do pensamento de Martin Heidegger, desde pelo menos a sua primeira obra importante (e, para muitos, ainda, a sua obra fundamental), Ser e Tempo (1927). O presente estudo procura compreender como aqueles dois temas se articulam, tomando como referência o ensaio de 1943 intitulado Sobre a Essência da Verdade, mas percorrendo os momentos mais significativos acerca do assunto em toda a obra heideggeriana. Especial atenção é dada ao confronto entre o pensamento de Heidegger e o de Aristóteles, Kant, Nietzsche e Husserl. Procurou-se não restringir a análise do tema Verdade e Liberdade ao âmbito estritamente histórico-filosófico, no sentido de se mostrar como, para Heidegger, se trata de uma questão de cuja resolução depende o destino da nossa época. Em conformidade, deu-se uma especial atenção à tematização heideggeriana dos problemas do niilismo, da «morte de Deus» e do papel da técnica no mundo moderno.Preço: 12,25 €Tamanho:
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CloseA ERA DO INDIVÍDUOLembramo-nos todos muito bem que Michel Foucault situou na idade clássica, com a invenção do homem e do sujeito, a origem da nossa modernidade e das suas infelicidades. Alain Renaut demonstra, nesta obra, ao longo de uma minuciosa leitura dos pensadores constituintes desta modernidade, que as coisas são infinitamente mais complexas e que os críticos da modernidade (Heidegger, Louis Dumont) confundem sujeito e indivíduo. Afirmando a autonomia do sujeito, o humanismo moderno (Descartes, Rousseau, Kant) não reivindica a independência absoluta do indivíduo como o fazem o culto narcísico do Eu e o individualismo contemporâneos. Se esta inflexão do sujeito em indivíduo, a partir de Leibniz, foi certamente possível pelo humanismo, a deriva «individualista», cujos efeitos dissolventes hoje vivemos, não tem, todavia, nada de fatal. Essa deriva não saberá, igualmente, interditar-nos a tentativa de voltar a dar um sentido, tão filosófico como político, à exigência humanista de autonomia. Este rigoroso livro, de Alain Renaut, com um pensamento novo e nervoso tem por ambição contribuir, através do seu tema, para a renovação de uma história da filosofia que seja não apenas «historiadora» mas também filosófica. Um projecto que parecia estar progressivamente perdido desde Kant.Preço: 16,96 €Tamanho:
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CloseHABITAR A TERRA, HEIDEGGERNa esperança de trazer alguns dos contributos potenciais de Heidegger para a filosofia ambiental a um público alargado e interdisciplinar, o autor procura explicá-los e defini-los à medida que avança com o primeiro capítulo, proporcionando uma perspectiva geral, e fornecendo progressivamente os detalhes nos seguintes. Embora não haja uma maneira de tornar fácil o pensamento de Heidegger, o autor crê que aqueles que não têm um conhecimento de base de Heidegger, e mesmo aqueles que não têm bases em filosofia, deverão ser capazes de seguir o raciocínio se quiserem ler cada capítulo na ordem apresentada. Neste estudo, o autor escolheu uma abordagem prioritariamente expositiva do pensamento de Heidegger, não por subscrever de uma maneira não crítica todas as ideias de Heidegger sobre estes e outros assuntos, mas primeiro que tudo porque o seu objectivo principal foi simplesmente o de ver o que é que estas ideias eram quando foram seleccionadas, reunidas e lidas, e apresentadas de uma forma construtiva, procedimentos que lhe pareceram ser indispensáveis pontos de partida para compreender o pensamento de alguém cuja obra merece, por direito próprio, ser levada a sério. Em segundo lugar, todavia, o autor não encontra uma base filosófica adequada a partir da qual uma crítica sustentada, coerente e frutífera poderia ser posta em prática, apesar do recente ciclo de turbulência sobre a política e o mau comportamento político de Heidegger. Foltz não é de opinião de que as suas ideias sobre a natureza, a terra e a morada sejam casos daquilo a que Derrida chama uma «nostalgia das origens». Por outro lado, as críticas a Heidegger por parte de filósofos da tradição analítica, não só se apoiam inteiramente no tipo de racionalidade calculativa e orientada para o produto que Heidegger afirmava ser a fonte dos nossos problemas, como frequentemente o fazem sem sequer compreenderem muito claramente que ele fez essa afirmação. As ideias de Heidegger estão aqui presentes por si próprias, sem serem estreitamente ligadas às conclusões e opiniões do autor sobre aquilo que devia ser pensado e feito, ou às direcções que a filosofia do ambiente deveria tomar. O livro é, portanto, sugestivo em vez de pragmático. O autor oferece esta obra a todos aqueles que podem dela fazer bom uso na tarefa de aprender como habitar, conscienciosa e poeticamente, a terra.Preço: 13,19 €Tamanho:
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CloseA VIDA DO ESPÍRITO VOL. I - PENSARA Vida do Espírito constitui o testamento filosófico de Hannah Arendt. Nesta obra, terminada poucos dias antes da sua morte, em Dezembro de 1975, encontramos a elaboração ética da sua visão da história e da política. Aqui, a teorizadora do fenómeno totalitário interroga-se, à luz da filosofia clássica, sobre as raízes da banalidade do mal que se revelou em Nuremberga como a figura da tragédia política. Este questionar nasce assim do encontro original entre uma reflexão em que o logos filosófico é o instrumento de um pensamento do facto histórico e político do século XX, o totalitarismo. De alguma maneira trata-se de uma interrogação acerca das condições de possibilidade éticas e conceptuais - pensamento e vontade - do facto político, algo como uma crítica da razão prática à luz do destino histórico moderno. Preciosos documentos para quem pretende compreender a unidade subjacente do pensamento de Hannah Arendt, A Vida do Espírito propõe um objecto discursivo original, ao mesmo tempo intemporal e imerso na história ligando os desafios do presente político aos do passado filosófico. Esta genealogia ético-política da monstruosidade no elemento da racionalidade desemboca numa metafísica histórica da teoria e da praxis, da ideia e da aparência cuja questão cardinal é, no fundo, a do mal político.Preço: 12,73 €Tamanho:
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CloseA VIDA DO ESPÍRITO VOL. II - QUEREREis o segundo e último volume de A Vida do Espírito, o testamento filosófico de Hannah Arendt, terminado alguns dias antes da sua morte, em Dezembro de 1975. Depois do Pensar, é o Querer que é solicitado, para confiar o segredo antropológico da aberração que, um certo destino histórico da modernidade, demonstrou através de uma nova crítica do juízo. Desta vez, Hannah Arendt vai procurar numa genealogia das teorias da vontade - da proairesis antiga até Nietzsche e Heidegger, passando por São Tomás de Aquino -, o segredo desta doença do logos da qual o niilismo é o último avatar. Esta espécie de arqueologia filosófica do mal é, neste caso, o exemplo da ligação da philosophia perenis aos desafios mais trágicos da humanidade.Preço: 13,19 €Tamanho:
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CloseMETAFÍSICA DO TEMPOMetafísica do Tempo vem aprofundar e completar a reflexão por nós iniciada no livro Introdução à Ontologia (Instituto Piaget, 1998). Se aqui, de acordo com o intento propedêutico, se visava elucidar o modo como há ser, procura-se agora, com este novo trabalho, ir mais longe e perguntar: porque há ser? O intento passa pelo delineamento de uma metafísica, já então por nós anunciada com o coroamento da investigação ontológica. O tempo constitui o seu tema principal, se é verdade que traduz com exactidão, como já então reconhecíamos, à dinâmica da manifestação ontológica, da sua progressiva estruturação ôntica. Trata-se, portanto, agora de estudar a natureza do tempo, descrever o conjunto dos seus estratos, perguntar pela sua origem e realidade, pensar a sua relação à eternidade.Preço: 12,73 €Tamanho:
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CloseHEIDEGGER E OS JUDEUSOs «judeus» em minúscula, plural, entre aspas, não são o judeu concreto nem devem ser confundidos com este. O Ocidente não sabe o que fazer com «o judeu»; «o judeu» é o inassimilável. No entanto, ele é portador da Lei, que é a vontade de Deus, o Esquecido, de que o Ocidente tem necessidade. Na primeira parte do livro o autor estuda o que ele denomina «os judeus» e procura, sobretudo na psicanálise freudiana, a explicação para o esquecimento que se insere na psique humana. Na segunda parte, Lyotard, interroga-se como foi possível que Heidegger esquecesse, na sua obra, «os judeus». A questão de Lyotard é como é que o pensamento de Heidegger, tão aplicado em lembrar o que há de esquecimento, do ser, no pensamento, na arte, na representação do mundo, pode ignorar o pensamento «dos judeus». Entrando em vivo debate com Farias, que acusa Heidegger e o condena, e com Fédier, que defende o filósofo alemão e o inocenta, Lyotard concentra-se neste esquecimento, estudando o Ser e Tempo. Lyotard não toma uma posição definitiva. No entanto, conduz o leitor a tomar a sua posição. Afinal na história do pensamento ocidental, Auschwitz já é um divisor: antes e depois de Auschwitz. Um livro de leitura obrigatória para todos.Preço: 10,36 €Tamanho:
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CloseCOMENTÁRIOS À ÉTICA DO DISCURSOCom esta obra Habermas prossegue as suas investigações sobre Moral e Comunicação. Para o autor, o que leva a lançar de novo a discussão são, sobretudo, as objecções feitas aos conceitos universalistas de moral que remonta a Aristóteles, Hegel e o contextualismo contemporâneo. Trata-se de ultrapassar a oposição estéril entre um universalismo abstracto e um relativismo que se auto-contradiz. Habermas procura, assim, defender a proeminência do justo, compreendido num sentido deontológico, sobre o bem. Mas isto não significa que as questões éticas, no estrito sentido do termo, devam ser excluídas do questionamento racional. Nesta perspectiva, a questão moral central não é mais a questão essencial de saber como levar uma boa vida, mas a questão deontológica de saber em que condições uma norma pode ser dita válida. O problema desloca-se da questão do bem para a questão do justo - da felicidade para a da validade prescritiva das normas. As questões morais - sobre o justo e decisíveis em termos de um procedimento argumentativo - estão em distinguir questões éticas - que dizem respeito às questões axiológicas preferenciais de cada um, por natureza subjectivas - é mais até o fim original deste livro do que as demonstrar.Preço: 15,07 €Tamanho:
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CloseO PRÍNCIPIO DO FUNDAMENTOSatz vom Grund é a tradução que Schopenhauer faz da locução latina Principium Rationis; ou seja, O Princípio do Fundamento é a tradução, ou melhor, a transposição em português: «Foi Leibniz que, pela primeira vez, expôs, formulando-o, o princípio de razão como princípio fundamental de todo o conhecimento e de toda a ciência. Proclama-o com muita pompa em diversos lugares da sua obra afectando um ar importante e fazendo como se acabasse de o inventar, no entanto, ele não sabe dizer mais que cada coisa, sem excepção, deve ter uma razão suficiente para ser tal como é e não outra coisa, o que antes de Leibniz já era da notoriedade pública.» Nestas linhas da sua dissertação de 1813 (da quádrupla raiz do princípio de razão suficiente), Schopenhauer separa bem do mistério singular do princípio de razão o facto de que ele apenas é enunciado como princípio no fim do século XVII e que entretanto devia ser bem conhecido por todos desde as origens da filosofia. Neste ensaio, Heidegger questiona-se sobre o significado do interminável «tempo de incubação» que separa a origem da filosofia de princípio da razão. Se o Princípio do Fundamento esperou tanto tempo na sombra a possibilidade de ver a luz do dia, qual é então o segredo do seu nascimento e de onde vem a razão?Preço: 13,19 €Tamanho:
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CloseENSAIOS SOBRE HEIDEGGER E OUTROSNestes ensaios, escritos de 1984 a 1989, Richard Rorty discute vários aspectos do pensamento de Heidegger aos quais os seus discípulos nunca se mostraram muito atentos; aqui o autor examina a relação do «mestre de Fribourg» com a política, a sua concepção da linguagem comparando-o a autores, cuja contribuição foi essencial para o pragmatismo: John Dewey, particularmente, e Ludwig Wittgenstein. Porém, as questões abordadas por Rorty não se limitam a Heidegger, se bem que este seja a personagem dominante desta obra. Nas suas reflexões, Rorty abraça uma corrente muito mais larga da filosofia contemporânea, de Derrida e dos seus discípulos americanos até Habermas, Jünger e Castoriadis. Nestes diferentes textos, o autor aborda, com uma liberdade pouco comum, os principais sujeitos de discussão, e até de divisão, que caracterizam a filosofia destas últimas décadas. Rorty faz este trabalho com a distância e a faculdade de discernimento daqueles que resolveram jamais desposar as rígidas clivagens que presentemente espreitam o filósofo. Entre outras, duas qualidades tornam a leitura desta obra preciosa para os nossos «tempos de depressão»: o seu optimismo fortificativo por um lado, e, por outro, a sua vontade de repor a reflexão filosófica face aos seus desafios políticos, ou que deveriam ser os seus, hoje mais do que nunca.Preço: 16,96 €Tamanho: