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- POÉTICA E RAZÃO IMAGINANTE - OBRA POÉTICA
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A QUESTÃO
Na poesia de António Oliveira Cruz deparamo-nos com uma característica pouco usual no lirismo contemporâneo, pois só nalguns casos isolados ela se manifesta: essa característica é a elevação do lirismo à categoria de ideia pura, ou pensamento puro. Trata-se de uma forma de lirismo na qual a linguagem se resume apenas à essência de um pensamento, um lirismo que não se faz acompanhar de qualquer tipo de aditivo secundário de modo a ilustrar o pensamento. Em vez disso, a ideia é enunciada de uma forma límpida, apenas na sua estrutura mais essencial. Partindo do princípio de que a linguagem constitui a essencialidade do Ser, a poesia do autor impõe-se pela estrutura da linguagem, por um raciocínio quase metódico que não se recusa, até, ao uso do neologismo e sem deixar de obedecer a uma condição fundamental da linguagem poética, que é o emprego da metáfora. Deste modo, a característica mais imediata desta poesia reside no jogo ente uma estrutura poética que não abdica do uso da metáfora, ou seja, um tipo de estrutura poética mais tradicional e estruturas e conceitos próprios da linguagem mais especulativa ou, mesmo, filosófica.
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POÉTICA VÁRIA
Na poesia de António Oliveira Cruz deparamo-nos com uma característica pouco usual no lirismo contemporâneo, pois só nalguns casos isolados ela se manifesta: essa característica é a elevação do lirismo à categoria de ideia pura, ou pensamento puro. Trata-se de uma forma de lirismo na qual a linguagem se resume apenas à essência de um pensamento, um lirismo que não se faz acompanhar de qualquer tipo de aditivo secundário de modo a ilustrar o pensamento. Em vez disso, a ideia é enunciada de uma forma límpida, apenas na sua estrutura mais essencial. Partindo do princípio de que a linguagem constitui a essencialidade do Ser, a poesia do autor impõe-se pela estrutura da linguagem, por um raciocínio quase metódico que não se recusa, até, ao uso do neologismo e sem deixar de obedecer a uma condição fundamental da linguagem poética, que é o emprego da metáfora. Deste modo, a característica mais imediata desta poesia reside no jogo ente uma estrutura poética que não abdica do uso da metáfora, ou seja, um tipo de estrutura poética mais tradicional e estruturas e conceitos próprios da linguagem mais especulativa ou, mesmo, filosófica.
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TIMOR CANTO MAIOR
Na poesia de António Oliveira Cruz deparamo-nos com uma característica pouco usual no lirismo contemporâneo, pois só nalguns casos isolados ela se manifesta: essa característica é a elevação do lirismo à categoria de ideia pura, ou pensamento puro. Trata-se de uma forma de lirismo na qual a linguagem se resume apenas à essência de um pensamento, um lirismo que não se faz acompanhar de qualquer tipo de aditivo secundário de modo a ilustrar o pensamento. Em vez disso, a ideia é enunciada de uma forma límpida, apenas na sua estrutura mais essencial. Partindo do princípio de que a linguagem constitui a essencialidade do Ser, a poesia do autor impõe-se pela estrutura da linguagem, por um raciocínio quase metódico que não se recusa, até, ao uso do neologismo e sem deixar de obedecer a uma condição fundamental da linguagem poética, que é o emprego da metáfora. Deste modo, a característica mais imediata desta poesia reside no jogo ente uma estrutura poética que não abdica do uso da metáfora, ou seja, um tipo de estrutura poética mais tradicional e estruturas e conceitos próprios da linguagem mais especulativa ou, mesmo, filosófica.
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E VOLTAR À INFÂNCIA
Na poesia de António Oliveira Cruz deparamo-nos com uma característica pouco usual no lirismo contemporâneo, pois só nalguns casos isolados ela se manifesta: essa característica é a elevação do lirismo à categoria de ideia pura, ou pensamento puro. Trata-se de uma forma de lirismo na qual a linguagem se resume apenas à essência de um pensamento, um lirismo que não se faz acompanhar de qualquer tipo de aditivo secundário de modo a ilustrar o pensamento. Em vez disso, a ideia é enunciada de uma forma límpida, apenas na sua estrutura mais essencial. Partindo do princípio de que a linguagem constitui a essencialidade do Ser, a poesia do autor impõe-se pela estrutura da linguagem, por um raciocínio quase metódico que não se recusa, até, ao uso do neologismo e sem deixar de obedecer a uma condição fundamental da linguagem poética, que é o emprego da metáfora. Deste modo, a característica mais imediata desta poesia reside no jogo ente uma estrutura poética que não abdica do uso da metáfora, ou seja, um tipo de estrutura poética mais tradicional e estruturas e conceitos próprios da linguagem mais especulativa ou, mesmo, filosófica.
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POETA SEREMOS
Uma poesia que é aurora nova, que é juventude toda em grito, com os homens todos, em todos os braços dos homens. Uma poesia que «é um campo de trabalho, permanente de transmutação da vida em morte e de morte em vida», como diz o poeta.
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POLIHOMEM
Pretende, apenas, crescer de pé, junto e ao largo de todas as açucenas e flores gémeas do mundo.
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AUTOPOIÉSIS
Poesia com música e movimento. Um texto poético que é, sobretudo, partitura.
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VARIAÇÕES EM SE
Há poesia possível depois de Auschwitz. Persegue o horizonte estético da emancipação e do afrontamento relativamente a todas as injúrias. Poesia onde o silêncio é sinal de confronto, interrogação e procura.
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TIMOR MÁRTIR TIMOR
Primeira obra de poesia de um português, realtiva à terra maubere. Vislumbre positivo que é, por exemplo, uma justificação da Dedicatória de Timor, Mártir Timor, o primeiro livro dos três: «A 7 todos / os que amam / a justiça / e as flores! / ... e todos.
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TIMOR PÁTRIA TIMOR
O segundo livro que prolonga o primeiro. Ambos são gritos à liberdade, à injustiça, mas o segundo vai mais longe porque defende «... que / para ser / Homem... / nos é preciso / ouvir / a voz das armas / brilhar!... / ... nos é forçoso / gritar / nos é forçoso / cantá-las!» Aliás, no lançamento da trilogia sobre Timor (no Complexo de Ensino Superior do Instituto Piaget, em Almada, no dia 5 de Julho de 1995), António de Oliveira Cruz afirmou que a poesia é uma arma. E nenhum povo é verdadeiramente povo se não souber defender-se. E um povo que tem poesia é eterno, disse ainda o poeta.
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POEMÁTRIA TIMOR
Neste terceiro livro da trilogia, o autor estabelece, mais claramente, relações entre Timor e Portugal, e, de um tal modo, que já não é Timor o seu alvo único mas os lusitanos que deixaram «de pensar / e de fazer... / que o pensar / cansa / ... e mata / essa / pressa / baça / estultícia-mente / volátil / de fugir / e de viver!...» Ou, ainda, «Medimos média / medimos / medimos média / por Timor! / Pedimos meças / ameaças / maré alta / só décor!. Análise dura porque António de Oliveira Cruz é um homem que ama a sua terra, o seu país. Uma análise cheia de referências históricas («Deixámos de pensar / e de fazer... / abandonámos / o barco / mesmo à porta / do acto / ... e da pura / decisão de o saber!...») e apelos fortes e coroajosos: «Ir / Ir até lá / e avante / sem parte / de cá / diferente», «Oh! / Ir! / Trazer / para lá / o que te trouxe / ... pátria doce / pátria lar!... / deixar-se / em tudo / o que ficar / eles e ou / nós / seja o que for!... / ... e amar / por dentro / o que restar / ... Pátria Maubere / Pátria Timor!» Coragem que quase afronta e que está sempre, de alguma forma, presente na poesia de António de Oliveira Cruz.
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BARCONAUTA
Obra inserida no quadro das comemorações do VI Centenário do Nascimento do Infante D. Henrique. O «Barconauta» vem retomar, com muita nitidez, todos os temas anteriores (o «eu», o «ser», a «criança», a «vida», o «tempo», o «espaço», o «grito»), é quase uma espécie de síntese dos desejos, das preocupações de um homem que sabe a necessidade de homenagear, de lembrar («Ao Infante / que chamaram Henrique / e Navegador / ...e ao país / pátria / universal / que nele-nós / guardou / ...e sonhou!»), mas sem se perder no passado, ultrapassando-o, para ir mais longe, construir o presente e pensar o futuro. Tarefa ingrata, quase solitária, e, no «Barconauta», a angústia perpassa outra vez: «Estou / cansado / de tentar / ultrapassar-me... / de tentar vadear-me / ao outro lado...» e, ainda, «E penso / no que serei / quando não há / sobrado / para sê-lo / nem um chão / para semeá-lo / ... nem arado / nem a mão / para colhê-lo!...». Mas sente e sabe que busca «este / peso / de quem / aguenta / estar / sem peso / sobre os ombros...», e é justo confessar «que não sou justo / nem recto... / Ah! / Mas firme / sou / e baluarte! / estandarte / em pé / ... e em sentido!»